Essa síntese foi construída com o objetivo de destacar como os professores utilizam a avaliação no âmbito escolar. Como foi visto, os educadores só utilizam a avaliação na teoria, porque na prática não é bem isso que acontece, os professores usam os exames para classificar e julgar o aluno pela sua nota, não levando em consideração seu conhecimento e aprendizado continuo. Infelizmente alguns professores só preparam seus alunos para resolver exames, "passar" de série independente dos critérios utilizado , o que realmente interessa é o status de "aprovado".
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA- UFPB
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO - CCAE
CURSO DE LIC. CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
Aluna: Andreza Gonçalves de Lira
Professor: Joseval
Disciplina: Avaliação de Aprendizagem
Síntese do texto: Uma polêmica em relação ao exame.
Este texto, com diferentes ângulos da avaliação educacional, traz para discussão a preocupação com a reconstrução do sentido da avaliação. Com objetividade na atribuição de notas, números, quantidade. No entanto isso não significa muita coisa, são apenas dados quantitativos correspondendo à estatísticas. Tem como tema central a avaliação escolar como uma prática que incorpora tensões constituintes das práticas sociais e reveladora de seus vínculos com as ações escolares.
É fundamental que a avaliação deixe de ser instrumento de classificação, seleção e exclusão social e se torne uma ferramenta para professores e professoras comprometidos com a construção coletiva de uma escola de qualidade para todos. O exame é o instrumento muito utilizado pelos docentes, a partir do qual se reconhece o conhecimento adquirido, mas também reconhece que o exame não indica verdadeiramente seu saber.
É comum os estudiosos da educação como qualquer outra pessoa comum pense que o exame é um elemento ligado a toda ação educativa. Isto é natural, imaginar que os alunos devem ser avaliados depois de uma aula, ver se seus conhecimentos coincidem com a explicação do professor. Um estudo sobre a história do exame nas práticas pedagógicas mostraria a falsidade desta afirmação: primeiro porque o exame foi um instrumento criado pela burocracia chinesa para eleger membros das castas inferiores, segundo porque existem inúmeras evidências de que antes da idade média não existia um sistema de exames ligado à prática educativa e terceiro porque a atribuição de notas ao trabalho escolar é uma herança do século XIX à pedagogia, herança que produziu uma infinidade de problemas, dos quais, hoje padecemos.
Contudo o exame é só instrumento que não pode por si mesmo definir os problemas gerados em outras instâncias sociais, não pode melhorar o desempenho dos estudantes, não pode julgar o conhecimento adquirido durante as aulas, não pode melhorar a qualidade da educação, ou seja, todos esses problemas, e vários outros existentes que convergem sob exame, não podem ser resolvidos convenientemente só por meio deste instrumento.
Existem três inversões, são elas: a primeira: Problemas sociais em problemas técnicos, que atribui ao exame determinar se o aluno está apto para passar de série, não importa seu grau de conhecimento, e sim se tem um certificado. A segunda: De problemas metodológicos a problemas de rendimento, atribui ao exame para mostrar a competência adquirida, se o aluno não aprende, o professor deve rever sua metodologia. O exame deixou de ser um aspecto do método ligado à aprendizagem, foi tirado o prazer do estudo, os alunos só pensam nas notas e certificados e não no conhecimento que pode vir adquirir. A terceira: O exame como um problema (de controle) científico no século XIX. Em direção ao empobrecimento do debate educativo, a pedagogia deixará de referir-se ao termo "exame" e será substituída por teste e posteriormente por avaliação.
Desta forma, pode-se perceber que os professores preparam seus alunos para resolver os exames, os alunos só se interessam por aquilo que vale ponto ou nota, não se importam se estão aprendendo ou não, para eles o mais importante é "passar", ter uma nota boa, não se interessam em adquirir conhecimento, o que realmente importa é o status de "aprovado" independente do seu conhecimento.
Referência:
BARRIGA, Angel Diaz. Uma polêmica em relação ao exame. In: ESTEBAN, Maria Teresa(Org). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003,p.51-82
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